Olá Amorinhas ♥
Hoje o post é muito especial e diferente.
Você que gostou do livro Cor a primeira
Vista e está ansiosa (como eu! Rs) para ter a continuação, ficará
muito feliz com esse post e poderá ter um gostinho do que está por vir.
A autora Branca Missique, nossa parceira, nos liberou
em primeira mão um capítulo do segundo livro da série Dê-me Amor.
O livro II ainda não tem data de lançamento, mas tudo indica
que seja para o final de junho ou começo de julho, mas enquanto não chega o tão
esperado dia de lançamento vamos matar a saudade do nosso casal lindo Jade e Henri ♥
Sinopse:
Depois de cinco anos, Jade Marquart volta para a cidade onde vivenciou um romance conturbado com o intenso Henrique Molinari, um homem cheio de segredos e restrições. Após ter conquistado sua carreira tão desejada, mudado completamente o visual, se intitulando uma mulher forte e mais ousada, ela acredita ser capaz de enfrentar esse homem que tanto amou. E para ajudar a superar os dias tensos que tem passado com o drama de sua melhor amiga Elisa, Jade irá se envolver com seu ex-namorado e tentar construir um futuro sem complicações, mas ela não imaginava que Henrique fosse surpreendê-la com sua inesperada mudança de comportamento. Será que depois de tantos anos, mesmo com toda sua independência e audácia, ela sera capaz de rejeitar o homem que mais desejou em toda sua vida? Não perca o segundo volume dessa série que promete roubar suspiros com tantas provocações intensas e declarações súbitas.
CAPITULO
03
Jade Marquart
Dias atuais
Fiquei
muito assustada quando descobri que trabalharia no mesmo prédio que Henri. Poxa
cinco anos se passaram. Já dormi com vários caras depois disso e jurei que
nunca mais deixaria ninguém me influenciar ou agir como uma adolescente, mas
chegar aqui e ficar com as pernas bambas só de pensar na possibilidade de vê-lo
novamente contradizia tudo.
-Jade?
Esta passando bem? – David tocou meu braço.
-Não
sabia que era aqui...
-E
como saberia? Não te disse. Gostou? – perguntou sorrindo, sem perceber meu
desespero.
-É...
Entrei
no prédio andando feito uma boneca de pau, dura e tensa, colocando a mão na
cara, olhando para o lado toda hora. Senti-me uma verdadeira bandida. No elevador
fiquei mais confortável, mas cada vez que a porta se abria, me dava dor de
barriga. Quando David pegou meu braço me guiando pra sair no 15° andar senti-me
aliviada, enfim chegamos. Não tinha corredor, o elevador abria direto na
empresa de David, assim como a Trade Land, e todos os outros andares eu acho.
Era um andar por aluguel, muito grande, e o escritório era lindo, chique e
fino. Sofás de couro na entrada, uma mesinha redonda com um vaso grande de
flores amarelas, uma recepcionista muito educada, muito bonita e muito bem
vestida, assim como todos os outros associados. Havia umas dez salas médias
para cada pessoa e um ajudante na porta de cinco advogados. No meio havia uma
enorme sala solitária com paredes e portas de vidro, uma mesa grande de vidro com
um vaso de arvore no canto – se não tivesse o emblema da agencia nas paredes de
vidro eu seria a primeira a meter a cara, quebrando tudo. Teria que passar por
ali com cuidado, se não era perigoso eu atravessar essa sala levando o vidro no
peito. David foi me apresentando a cada um e depois subimos uma escada. Vi uma
pequena cozinha com geladeira duplex, balcão, armário planejado - assim como
todo o escritório - e uma mesa pequena de cinco lugares. Era encantador.
-São dois andares?
-Sim, e os outros três acima é dos Molinari’s – só de ouvir o nome
dele senti a espinha doer – Somos os únicos do prédio com mais de um andar,
preciso dar conforto aos meus associados e aos clientes. – sorriu simpático -
Nessa parte de cima temos o meu escritório e mais uma sala vazia.
Olhei o lugar encantada, enquanto sentia David me analisar o tempo
todo. A outra sala estava vazia, somente com os moveis essencial, imaginei que
seria de algum sócio futuro.
-Meus parabéns pelo lugar – sorri.
-Obrigado Jade, isso tudo é fruto de uma longa geração. Gosto daqui e
espero que se adapte.
-Claro, já estou adorando – sorri empolgada.
-Ótimo, sua sala é aquela – apontou para o cômodo vazio ao lado da
sala dele – Já solicitei os materiais necessários, enquanto isso, ficamos na
minha mesmo.
Olhei para ele surpresa, sem acreditar no que disse. A sala era de um
segundo sócio gerente, do mesmo tamanho que a dele e bem maior do que a dos
outros funcionários, além da vista extraordinária.
-O que foi? – perguntou
-Estou sem jeito, é uma boa sala, mas...
-O que?
-Não posso aceitar! Nem sabe se vamos ganhar, não me conhece e...
- Você é linda, simpática e despachada. Só preciso descobrir se é boa
mesmo pra advogar como dizem. – deu um sorriso largo – Se ganhar esse caso você
não só vai ganhar essa sala como parte do contrato também. Preciso de um
investidor.
-Ahhhh entendi tudo... Precisa de um investidor. Então esse é o seu
desespero David – ergui uma sobrancelha e sorri – Sabia que havia algo mais.
No dia seguinte não tive medo de entrar no prédio, fiquei sabendo que
Henri havia viajado e estava fora da cidade.
Estava prestes a entrar no tribunal com minha cliente Deborah Stevans,
uma repórter séria de jornalismo em horário nobre que fora acusada de
assassinato.
-Está tudo certo? Tem certeza que esta pronta?– David indagou nervoso.
-Ei! Já fiz isso antes.
Senti uma pitada de nervoso, cocei a orelha e respirei fundo. O juiz
ordenou que começasse e o procurador publico iniciou.
-Meritíssimo, as pessoas desejam uma audiência preliminar para
determinar se há motivo provável suficiente. – disse.
Arregalei os olhos e me levantei.
-Audiência? Não fui informada disso.
-É direito da acusação decidir como proceder. – O juiz explicou.
-Eu não recebi a audiência de instrução, Meritíssimo. – franzi o
cenho.
O procurador veio ao meu lado e soltou uma pilha de papeis na minha
mesa.
-Não é um problema – ironizou.
-Certo, precisarei de uma semana para me preparar – expliquei.
-Srta. Marquart está audiência é para determinar causa provável.
Voltamos após o almoço – encerrou batendo o martelo.
Fiquei fula da vida! Mas mantive a compostura por causa da cliente.
Quando voltamos o procurador tomava frente do processo.
-Uma mulher brutalmente estrangulada. Assassinada em uma fúria de
ciúmes. E quem tinha motivo para ter ciúmes? – Fez uma pausa dramática e
apontou para minha cliente ao meu lado – A mulher sentada bem ali.
Levantei-me em protesto.
-Objeção. Isto não é Cidade Alerta. Podemos ver alguma prova, por
favor? – perguntei para o juiz.
-Mantida.
Olhei o procurador que me encarou nervoso, mas convencido.
-Prova de pessoa. Uma mensagem de texto de Laura Lise, a vitima, para
o Sr. Mauro Sousa Paes, esposo da acusada. E ela diz: “Em duas horas estarei
livre e serei toda sua, querido. Saudades”. Esta mensagem foi enviada duas
horas antes de Laura ser assassinada. – o procurador me encarou – Nos afirmamos
que a ré tinha conhecimento do romance entre Laura e seu esposo, e surtou.
-Peço exclusão dos autos, Meritíssimo. – Levantei novamente – O Sr.
Mauro Sousa não testemunhou, ele poderia ser o assassino.
-O Sr. Mauro Sousa saiu da cidade semana passada. E estava fazendo um
show com transmissão ao vivo quando o crime foi cometido. – O procurador
explicou solicito – Neste momento, gostaria de chamar nosso perito em
criminalística.
Revirei os olhos, estava sendo difícil provar algo a favor da minha
cliente. O especialista informou que as contusões no pescoço da vitima consiste
com estrangulamento. Depois foi exibido um vídeo em que minha cliente desce do
carro no local do crime, pouco antes do assassinato com um vaso de flor, e foi
embora somente ao amanhecer. Fiquei confusa. O juiz deu recesso de um dia.
Olhei para minha cliente que chorava sem parar ao meu lado.
-O que esta acontecendo aqui Deborah? – indaguei referente às
acusações.
-Eu juro que sou inocente, eu juro Jade. Sou inocente. Inocente. –
disse meio ás lagrimas.
Fui para o escritório e montei um esquema do caso na sala de David.
-Jade ninguém esta culpando você pelo revés. – David disse enquanto me
olhava procurar por provas que inocentavam minha cliente. – Mas preciso que de
um jeito de descobrir como provar a inocência dessa mulher.
-Depois do recesso tentei falar com Deborah e ela afirma repetidamente
que é inocente.
-Todos dizem isso. Provavelmente seja hora de pensar em apelação.
-É... Por isso que estou vasculhando a prova David, preciso de algo
para sustentar a apelação, do contrario... – Fitei David que estava serio
demais, fez um gesto com a boca como se acreditasse que eu fosse capaz.
“Deborah saiu da casa dela com um vaso de flor e não vejo o vaso em
lugar nenhum no quadro de fotos do local do crime, o apartamento de Laura.”
-David, todas as fotos do local do crime estão aqui?
-Sim, o apartamento é um cubículo e essas fotos cobrem cada milímetro
dele. – explicou.
“Bom, isso é bom. A falta do vaso de flor na cena do crime poderia fornecer
uma teoria alternativa.”
-David?
-Siiiimmm Jade. – respondeu sem interesse.
-Preciso ir ao prédio de Laura.
-Pra que?
-Talvez eu tenha uma saída pra isso tudo. – sorri. – Você me leva né?
David tirou o olho do papel que segurava e me encarou.
-Por quê?
-Uai sou nova na cidade, posso me perder pra sempre, nossa cliente vai
presa e você fica sem sócia e sem investidor – fiz cara de gato de botas.
David revirou os olhos pegando o paletó.
-Chantagista melodramática.
Chegamos ao prédio e solicitei os vídeos de segurança. Foi uma
descoberta e tanto. Deborah havia entrado no prédio, mas não no apartamento da
vitima. Solicitei todos os vídeos daquele horário de todos os andares, e a
encontrei. Havia estado em outro apartamento, por isso o vaso de flores não
estava na cena do crime.
“Há esperanças”
Estávamos indo para o apartamento em que Deborah foi quando uma mulher
passou por nós chorando, abrindo justo a porta em que íamos bater.
-Com licença – disse – A senhora mora aqui?
A bela moça segurava varias caixas e David se dispôs a ajudar. Ela
concordou com a cabeça abrindo a porta do apartamento. David colocou as caixas
dentro fingindo estar fazendo um favor simples, mas percebi quando deu uma
vasculhada com o olho no lugar.
-Como se chama? – perguntei.
-Em que posso ajudar moça?- ela me encarou limpando o rosto.
-Sou advogada de Deborah e tive informações de que ela esteve aqui na
noite do assassinato. Confirma isso?
A moça arregalou os olhos e foi pra dentro do apartamento.
-Não sei do que esta falando. Passar bem. – fechou a porta.
Cocei a orelha nervosa e David sorriu.
-Vi o vaso. – piscou.
David e eu fomos encontrar com ela e esclarecer essa historia, ela nos
disse que era lésbica e a moça do apartamento se chama Rosa, sua namorada por
mais de cinco anos.
-Por que não me disse isso antes? – indaguei nervosa – Passamos
vergonha naquele tribunal.
-Ninguém pode saber disso. Sou da alta sociedade e uma imagem
importante na mídia, seria um escândalo enorme.
-Você traía seu marido?
-Ele sempre soube. Foi meu agente que arranjou o casamento falso
quando comecei a ser a solteirona na mídia. Eu nem sabia que essa mulher morava
lá – explicou.
-Mas sabia que Mauro tinha uma amante também? – David indagou.
-Ele sempre teve. Nunca uma fixa, mas sempre teve amante.
-Deborah, precisamos levar isso como prova ao tribunal, ela é seu
álibi, caso contrario vamos perder – expliquei.
-Por favor, não! Vou ficar desempregada. Não foi a toa que meu agente
arranjou esse casamento falso. Não leve isso a publico...
– Ninguém pode te demitir por causa da sua orientação sexual Deborah,
isso é contra as leis. – David explicou.
– Mas podem acabar com minha
carreira – Ela olhou para David e quase gritou - Você disse que ela daria um
jeito nessa bagunça sem me prejudicar, então se vire com isso.
David me olhou como se jogasse toda a responsabilidade em cima de mim.
Não disse nada, me levantei indo embora, não agüentava trabalhar sobre pressão.
Cheguei ao escritório, tomei uma xícara enorme de café pra poder conseguir
focar nos fatos. Quando estava indo embora escutei meu nome, gelei. Fingi de
boba e continue andando.
-Jade? Jade é você?
A voz do homem alterou. De repente senti uma mão me segurar.
-Ei! Que isso boneca?
Olhei o homem na minha frente abri um sorriso largo. Lucas. Meu ex namorado
proibido.
-Não acredito!
-Eu que não acredito! Você está... Muito diferente.
Ri o abraçando.
-Diferente bom ou ruim?
-Diferente maravilhosa! Quanto tempo, que saudade... Que loucura te
encontrar aqui. O que esta fazendo?
Lucas era como eu. Não parava de falar, era espontâneo e alegre.
-Trabalho aqui – apontei para o prédio – Talvez eu fique por tempo
indeterminado.
-Então conseguiu o que queria? Uma advogada renomada e livre?
-E muito feliz! – rimos – E você? O que esta aprontando?
-Trabalho a dois quarteirões daqui, faz uns três anos desde que
cheguei do Rio. Consegui meu próprio escritório e pode me chamar de um bom
engenheiro.
Bati palmas sorrindo. Estava muito contente em vê-lo ali,
principalmente em boas condições. A mãe dele deu tudo na vida para que ele
pudesse realizar seu sonho, sempre foi um rapaz esforçado e humilde, o tipo de
genro que toda mãe quer. Menos para o “sogro”, meu pai detestava Lucas, acho
que ele detestava qualquer homem que pudesse me tomar dele. Passaram-se anos, e
hoje o encontrara ali – nessa cidade enorme – mais velho e sexy que o normal.
-Vamos tomar alguma coisa agora – convidou.
-Agora?
-Tem algum compromisso? Se tiver tudo bem, a gente troca telefone e
marca pra depois – sorriu – ou você esta casada?
-Nãaaooo – gargalhei – Vamos tomar alguma coisa!
Lucas ofereceu-me o braço, pude
notar vários olhares em nossa direção – de mulheres, claro – senti-me agraciada
de estar ali com ele. E como não sentiria? Lucas continuava lindo, moreno, alto
e forte pra caralho – sabe aqueles homens que a gente vê nos filmes campestres
cortando lenha, sem camisa, só com uma calça jeans rasgada, enquanto escorre o
suor mostrando toda sua virilidade e músculos? Pronto, agora vocês têm noção do
que estou falando. Estava usando um cavanhaque onde seus pelos eram grisalhos e
o cabelo não era mais cumprido como antigamente. Lucas era nove anos mais velho
que eu. Sempre fui louca por ele – e quem não seria? A filha do patrão
bonitinha se apaixona pelo rústico e gostoso funcionário, daria um historia e
tanto.
-Então... Você está solteiríssima? – perguntou assim que nos sentamos
no bar.
-Pois é...
-Como pode?
-“Coisas da vida” meu caro.
Lucas riu, essa frase era dele.
-Bom pra mim – disse dando-me uma piscada. Nesse momento constatei que
não ia dar conta de ficar sem dar pra ele por muito tempo, talvez eu até me
apaixonasse novamente, quem sabe.
No fim da semana voltei ao tribunal e solicitei uma reunião com o
juiz. A secretaria que David colocou á minha disposição havia descoberto que o
apartamento em que Laura morava era pago pelo agente de Deborah entre outros
detalhes.
-Eu concordei em manter o sigilo desta reunião para que a Srta.
Marquart possa sustentar o recurso – O juiz explicou.
-Eu pedi para que essa reunião fosse confidencial por que... – Olhei
Deborah que mantinha um ar leve e respirei fundo – Minha cliente não esteve no
apartamento de Laura na hora do assassinato, ela nem a conhecia. Deborah é
gay... Lésbica.
Silêncio total. O juiz me encarava como se eu fosse idiota. Realmente
era difícil acreditar nisso, mas não era invenção minha. Cresci vendo essa
mulher apresentar o jornal e sempre imaginei que ela fosse super séria e
sistemática. Era difícil imaginá-la com um homem, agora imagina com mulher.
-Ora, por favor. Tenho várias provas dos dois juntos. Ela e o esposo.
– o procurador disse revirando os olhos.
-Era esse o objetivo – Deborah se manifestou.
-Mauro estava ajudando a manter a reputação de Deborah aceitando o
falso casamento. Ela mantém uma namorada durante cinco anos e Mauro sempre teve
outras amantes. E a namorada de Deborah, Rosa, coincidentemente mora no mesmo
prédio que de Laura – expliquei confiante – Eu tenho copias dos documentos
financeiros que ligam Deborah e Rosa. E também tenho uma declaração jurada de
Rosa dizendo que estavam juntas na noite do assassinato. E isso explica as
imagens ditas como provas contra minha cliente de que ela estava no prédio na
hora do assassinato, e não no apartamento de Laura – sorri sínica para o
promotor – Tenho também os vídeos de segurança da hora em que Deborah entra no
apartamento de Rosa e só sai às seis da manhã. Gostaria de acrescentar também de
que Deborah saiu com um vaso de flores e que esse mesmo vaso não foi encontrado
no local do crime e sim na sala de Rosa.
-Isso parece bem consistente Srta. Marquart – O juiz analisava as
provas.
Sorri.
-Diante da provas, solicito a remoção de todas as acusações contra
minha cliente, Meritíssimo.
-Preciso de tempo pra checar tudo isso. – promotor se intrometeu.
-Deveria trabalhar com mais atenção para não excluir provas
importantes como estas. Presumo que o senhor não sabia que havia mais câmeras
dentro do prédio, e por isso só apresentou aquela filmagem insinuadora no
tribunal – disparei com o maior sarcasmo que consegui.
O juiz levantou o rosto nos encarando.
-Vou liberar a Srta. Stevans com a pendência da sua investigação -
disse para o promotor – E ninguém dirá uma palavra sobre o que houve aqui,
devido à natureza do assunto confidencial sobre a vida amorosa da Srta. Deborah
Stevans. A gravação é confidencial.
David me olhou todo satisfeito, pude ver orgulho em seus olhos. Mandei
uma mensagem para Lucas que havia pedido que avisasse sobre o resultado do caso
– sim, saímos à semana toda e eu estava adorando – ele era super companheiro.
Voltamos para o escritório e não fizemos mais nada pelo resto da tarde a não
ser comentar sobre o caso com os demais funcionários.
-Vamos comemorar amanha certo?
Olhei David parado ao meu lado esperando o elevador todo contente. Já
eram mais de sete da noite e Lucas estava me esperando no apartamento de Elisa.
-Tudo bem, já estou ansiosa.
-Você foi ótima Jade, parabéns! – disse me abraçando
Sorri com o carinho dele. O elevador chegou e entramos com mais dois
homens, logo apertaram o térreo, mas o elevador subiu.
-Que isso? Por que ele ta subindo? – David me olhou franzindo o cenho,
como se eu fosse retardada. – Eu sei que às vezes alguém quer descer, mas ele
tinha que ter descido primeiro pra depois subir, entende?
-Não.
A porta se abriu e entrou duas mulheres, logo atrás reconheci um rosto
serio. Olhar gelado. Corpo grande. Henri. Meu coração voltou a bater com força
total, como se tivesse voltado à vida. Tratei de me enfiar atrás de David e das
duas mulheres, que graças a Deus eram gordinhas, baixei a cabeça e nem
respirei. Ouvi quando cumprimentou David. A cada som da voz dele minha calcinha
ia ficando mais molhada, as mulheres olharam para trás fazendo careta a me ver
encolhida, dei um sorrisinho falso.
-Não gosto de elevador – sussurrei.
David deve ter escutado porque
me olhou interessado.
-Que isso? – franziu o cenho.
-Ahh... Tontura, enjôo... Essas coisas sabe? – sussurrei fingindo não
estar bem.
-Não, não sei.
-Ahh pois é... “coisas da vida”.
-E por que esta sussurrando?
-Não estou sussurrando – respondi sussurrando.
-Está. E desde quando não gosta de elevador?
-Ei! Isso aqui virou interrogatório?
Henri olhou para trás e me abaixei. David olhou-me com curiosidade, me
puxando para perto dele. Esbarrei nas mulheres e sussurrei uma desculpa, Henri
não olhou para trás com a movimentação e agradeci, focado e desinteressado com
as coisas alheia do jeito que ele era não podia ter duvidas disso. Segurei no
ombro de David e fui parar atrás dele, que se virou de frente para mim
enrugando a testa.
-Que porra é essa, Jade?
David perguntou um pouco alto, e senti olhos em cima de mim. Quase
pedi pra morrer. Meu coração acelerou, minha pele queimou, senti falta de ar e
formigamento. Abaixei a cabeça, olhei pro lado, olhei pra cima, olhei meus pés,
fitei David que deveria estar me achando treslouca agora, olhei para o lado de
novo, tentando ignorar o foco de Henri em cima de mim – eu podia sentir aquele
par de olhos gelados em cima de mim, dava pra sentir. O elevador era puro
silencio e constrangimento.
Por intervenção divina as portas se abriram, Henri ficou parado no
meio me encarando. Estava tão perturbada que agachei passando por debaixo dos
braços dele, ouvi David se desculpando com as mulheres.
-Ela não é daqui – disse.
Sai voada de dentro do prédio, me misturando no meio do povo. Não sei
o que deu em mim, era uma mulher madura, bem sucedida de trinta anos e segura.
Bem diferente da ultima vez que estive aqui, usava roupas mais sofisticadas,
era menos extrapolada e mesmo assim agi como uma adolescente. Não tive coragem
de falar com ele, deveria ter sido uma dama cheia de classe, dando um sorriso
falso, fingindo que não me importava com a presença dele. Mas não, fui uma
completa retardada, doente e infantil. Senti um braço me puxando e tremi toda,
quando olhei era David.
-O que foi aquilo?
-Achei que fosse vomitar – respondi caminhando rumo ao carro.
Estive cinco anos sem nem ter noticias desse homem e achei que já
tinha esquecido ele todinho, mas me enganei. Foi como se tivesse visto ele pela
primeira vez, como se o amor que declarei só estivesse dormindo, tudo
reacendeu. Eu não era a mesma bobona de antes, podia ate ser bobona ainda, a
julgar pelo modo que agi, mas era outra bobona.
A autora
me deu a liberdade de contar algumas informações em primeira mão sobre um casal
secundário da série (que eu
torcia para eles ficarem juntos rs) que será mais explorado.
Ela nos
confidenciou algumas coisas que nos deixarão com muito mais curiosidade e a
ansiedade a mil para ter logo a continuação.
Palavras da autora Branca Missique:
Um pouco sobre Elisa e Joseph nesse segundo volume
da Série Dê-me amor.
O livro está uma
delicia só pelo fato de ter Henri <3, mas acho que o envolvimento de Elisa e
Joseph trará um peso maior na vida de Jade nesse volume. O que deixa a história
mais gostosa e intrigante.
Já se
percebe desde a leitura do livro 01 de Cor a Primeira Vista, que os dois tem
uma química muito grande e eles acabam ficando juntos no dia do lançamento da
nova coleção de joias. O que irá intrigar no livro 02 é que Elisa muda muito.
Não parece ser mais aquela mulher menina, toda alegre e eufórica. Ela vai viver
fugindo de Jade para não ter que dar satisfações sobre o que houve entre ela e
Joseph, porque ele também some de todo mundo, ninguém mais consegue falar com
os dois. O pior é que eles nãos estão juntos (obs.: se passaram cinco anos
também né?! Muita água rolou desde então).
No começo
do livro ela não terá grande participação, mas depois ela reaparece revelando
UMA PARTE do que ouve para Jade.
Joseph é
um safado mulherengo, ele não nos deixou dúvida disso desde o primeiro capitulo
do livro 01. Soberbo, machista, egocêntrico, não tem um comportamento honrado e
etc.; Elisa é uma moça rica do interior, sempre de bem com a vida, muito mais
sofisticada que Jade, procura não mostrar que veio de uma cidade tão pequena,
tenta não agir como uma caipira com costumes ou com o modo falar. Ela sempre
foi apaixonada por ele, mas nunca cedeu aos encantos desse playboy. Apos muitas
implicâncias e indiretas, eles acabam na mesma cama, é aí que o perigo começa.
Elisa sabia que Joseph não prestava, mas não tinha noção que havia uma prática
sexual incomum (pelo menos para ela) no meio disso tudo.
Teremos
um grande clima tenso entre a família, um segredo triste que só Joseph e Elisa sabem
um homem cheio de safadezas e desejos exigentes e uma mulher que se julgava
forte, capaz de viver qualquer coisa até o momento em que se encontra numa
situação sexual embaraçosa.
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E ai Amorinhas, gostaram? estão tão ansiosas como eu? rs
Em breve teremos mais novidades, Aguardem!!!


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